
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira operação para apurar fraudes na aplicação de recursos de Institutos de Previdência Municipais em fundos de investimento com debêntures sem lastro emitidas por empresas de fachada.
A operação, nomeada de Encilhamento, representa a segunda fase da Operação Papel Fantasma. A PF estima que as debêntures emitidas por essas empresas de fachada ultrapassam o valor de R$ 1,3 bilhão.
Foram expedidos 60 mandados de busca e apreensão e 20 de prisão temporária nos estados de São Paulo, Rio, Minas Gerais (Betim, Santa Luzia, Pouso Alegre e Uberlândia), Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina e Goiás.
Com o avanço das investigações, segundo a PF, foram identificados 28 Institutos de Previdência Municipais que investiram em fundos que, direta ou indiretamente, adquiriram os papéis sem lastro.
"Há o envolvimento de uma empresa de consultoria contratada pelos Institutos de Previdência e elementos que apontam para corrupção de servidores ligados a alguns Institutos de Previdência", diz a polícia.
Até o momento, são investigados 13 fundos de investimento. No segundo semestre de 2016 foi constatada a existência de R$ 827 milhões em apenas oito destes fundos, dinheiro que, em última análise, se destina ao pagamento das aposentadorias dos servidores municipais.
Santa Luzia
Em santa Luzia o alvo da investigação foi o IMPAS (Instituto Municipal de Previdência e Assistência Social). Agentes da Polícia Federal vieram a cidade para ter acesso a movimentações financeiras do Instituto e realizar a prisão de um dos envolvidos.
COMENTÁRIOS